Coração feito de vidro
Mente de pedra
Trancada dentro de si
Como uma prisão eterna
Pensamentos esfolados
Uma dor que não tem fim
E que no fim se torna outra
Paredes se fecham em marfim
Claustrofóbica
Corre sem sair do lugar
Sonha sem dormir
Dorme sem sonhar
No pesadelo da vida
Ela é perseguida
Pelo pensamento de pensar
Não chegando a nenhum lugar
Poesias, textos, sentimentos, e banalidades pensadas por mim. Algumas citações não minhas terão o nome do autor em baixo. Aberta a comentários.
domingo, 26 de janeiro de 2020
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
Cacofonia
Aconchegada em meu leito
A escuridão me abraça
Sufoca a respiração em meu peito
De modo que o ar enlaça
Engolfada nessa agonia
Lutando contra o impeto de gritar
Permaneço em meio a essa histeria
Observando meu corpo esfriar
Morrendo sem morrer
Respirando sem sentir
Tremendo sem querer
Caindo sem cair
Em vertiginosa aventura
Errática e assustadora
Silenciosa e por ventura
Quase sedutora
Ah, como é terrível tal evento!
Paralisia, sem intento
Morrer sem alento
Chorar lágrimas de vento.
Tudo o que somos, ou aquilo que pensamos ser, nada mais é do que um reflexo distorcido da própria realidade. O que de fato, é verdade para um, para outrem é nada mais do que uma sentença vazia. A verdade é, sem mais nem meio mais, um camaleão, que muda em prol de se adaptar a um ambiente hostil. E quem não gostaria de se adaptar como um camaleão? É impossível, porém, se adaptar ao estilo de cada nicho social. Cada individuo é único, e portanto, com seus bons e maus hábitos, diferente de todos. Ora, se fossemos todos iguais, quão entediante a vida seria? Visto que saberíamos tudo um do outro, defeitos e qualidades, um mundo de máquinas humanas padronizadas. Escrevo este texto como uma forma de expressão, de consternação e um bocado de narcisismo, em um apelo a inteligência, em rebeldia contra a ignorância dominante. Aos que apelam que muitas vezes a ignorância é uma benção, eu me exalto ao dizer, que a ignorância, nada mais é, do que o declínio social. Muitas massas de cérebros vazios e programados a não buscar o conhecimento. Nessa hora, me encontro em fúria, por essa sociedade ignóbil. Sem mais delongas, acredito em ascensão social, em busca pelo conhecimento, em recuperação intelectual, se não total, em grande parte da sociedade e do mundo em que vivemos.
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