terça-feira, 29 de março de 2016

Mulheres

            Hoje o homem chega e diz que mulher não tem coração, que é pedra, cimento ou gelo, mas o que será que aconteceu pra mulherada ficar assim heim?! Pois é, teve muita mulher que comeu o pão que o diabo amassou. Rastejou, correu atrás, chorou. Teve mulher que enlouqueceu por homem. As mulheres se desiludiram e muito, com toda a falta de amor, com toda a falta de respeito, com toda a falta de valorização. Então, agora nos desculpem, por sermos frias, coração de pedra ou simplesmente não ligarmos mais, só estamos fazendo o que nos foi ensinado.

Prostituta

Que a sociedade me xingue
Me chamem, de vagabunda
De puta, do que quiserem
O amor que tenho é real

O amor que tive foi real
Julguem e condenem a prostituta
Mas não esqueçam, do amor
Que ela teve mais amor e compaixão

Do que essa sociedade falha 
Fria, apática, cética
Uma sociedade que não olha os próprios defeitos
Mas aponta o dos outros

segunda-feira, 28 de março de 2016

Assombrada

Você agiu rápido
Eu mal percebi
Tomou conta de tudo
Corpo, mente, alma

Você me escravizou 
Com seu amor livre
E agora seus olhos
Me assombram

E tudo que eu vejo
É teu corpo
Teu cheiro 
Teu beijo

Teu amor
Colado em mim

domingo, 20 de março de 2016

Danos Colaterais

Cenas, sorrisos, tudo tão distante
Abraços, costumava ser meu porto seguro
Teus olhos me guiavam sempre
Quando foi que começamos a nos matar?

Era tudo tão bonito, era tão forte
Agora é apenas um pedaço de metal guardado
Frio, marcado com lembranças do que um dia foi
E agora lidar com os pedaços do que sobrou

Como eu faço pra seguir sem meu melhor amigo?
O chão sumiu, esse é um mundo só de dor
Difícil e criado somente pra me atormentar
A cada passo eu morro

Mas não me resta mais nada
Apenas andar, seguir em frente
Ligar o piloto automático
E evitar colisões e danos colaterais

quarta-feira, 16 de março de 2016

Quarto

Essas sombras frias que caem
Caem sobre mim neste quarto
Vazio e ao mesmo tempo cheio
Cheio dessa dor que eu sempre carreguei

Os anos passam
Mas as paredes
Ah, as paredes
Elas continuam

E não interessa qual é a cama
Qual é a droga do quarto
A dor que reside nas paredes
Será... sempre a mesma

sexta-feira, 11 de março de 2016

Consciência

Flashs de um momento escuro
Perguntas incessantes 
Se apenas eu soubesse
Ou tivesse consciência do estrago

Feridas autoinfligidas 
Não são o suficiente
Nesse pesadelo que eu criei
Lágrimas não valem nada

O tormento é constante
Como se acalma uma consciência?
Principalmente se ela é culpada
A consciência é a carcereira

Eu estou presa em um eco
Um eco dos meus próprios erros
Onde eu não sou inocente
Onde sou o criminoso da cadeira elétrica

Esmagada

Sentimentos conflitantes Presa entre as ondas Sendo esmagada, distorcida e dilacerada Até quando devo suportar? Pedindo perdão por sentir Se...