segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Ecos

Em muitas palavras não ditas
Minha consciência grita em tristeza
Algo que ninguém é capaz de entender
Uma língua apenas falada pelos que entendem o abismo

Pra algumas pessoas é fácil respirar e sorrir
Para outras é doloroso até acordar
O mundo para os que olham pro abismo
É cruel e impiedoso

O medo é o companheiro de todos os dias
A vontade de arrancar essa dor é permanente
Mas como arrancar ou curar algo que não se vê?
Como explicar o que não tem explicação?

Alguns dizem que é bobagem,
Que é só ter força de vontade
Que é só por um sorriso na cara,
Que tudo vai melhorar

Falam porque não sentem
Opinam porque não conhecem
Não sentem na pele
Não entendem porque não sofrem

Eu nunca poderia desejar a alguém
O que passo todos os dias
Eu apenas espero pelo melhor
E me preparo para o pior.

Um comentário:

  1. Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê
    E eu sei que você sabe quase sem querer
    Que eu vejo o mesmo que você

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