segunda-feira, 28 de maio de 2018

Parada no Tempo

Sempre dividida
Entre bons e maus dias
Distorcida e esquecida
Como os espinhos de uma roseira velha

Vivo entre meus pesadelos acordada
E os que eu tenho quando durmo
Uma cacofonia disforme
Como um membro extra deficiente

Inútil, dispensável e intragável
É o que eu vejo no espelho 
Procuro não olhar pra o que restou desses anos
Para o que restou de mim, mas é impossível 

Tudo o que eu posso fazer e ficar parada
Encarando o que eu não posso fazer
Por um erro que não cometi
Por anos que não voltam mais 

E que eu não poderia ter feito nada
Nem mesmo se eu soubesse...

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